Todos os que têm algo a ver com as crianças deveriam ter essas
informações...
"A criança joga (brinca),
para expressar agressão, adquirir experiência,
controlar ansiedades, estabelecer
contatos sociais como integração
da personalidade e por prazer.”
Trabalho já alguns anos
auxiliando pais e crianças e tenho percebido muita dificuldade entre pais,
educadores, cuidadores e sociedade geral na compreensão de como se dá esse tipo
de atendimento. Sem desprezar a correria do cotidiano que atrapalha ainda mais,
para que as pessoas possam parar e entender!Mas
antes de qualquer coisa, preciso lhe convidar a mergulhar um pouco em suas
lembranças da sua própria infância, como seus pais lidavam com você, os
professores, os irmãos menores e maiores, os tios... Evocar seus sofrimentos e
dúvidas para entender o “mundo dos adultos”!Estou
na casa dos “enta” rsrs minha infância foi marcada com separação clara entre
conversa de adulto, onde as crianças nunca estavam presentes, mas morríamos de
curiosidade! Mas éramos expulsos para brincar no terreiro! Diferente dos dias
atuais, que os pequenos são inundados de conteúdo que não lhes cabe. Vou
exemplificar!
V.
garoto de 8 anos, matriculado na 2ª série, ótimo aluno, nos últimos meses
diminuiu seu rendimento, perdido em pensamentos durante as aulas, solicitou
autorização da professora para sair mais cedo, justificando que precisaria
passar na banca de jornal. A professora estranhou, tentou investigar um pouco e
ele com tranquilidade disse que tinha que ser no horário da aula, para sua mãe
não ficar zangada. Pois há meses ajudam com cestas básicas a tia e o tio, ambos
desempregados. V. pegou as moedas do seu cofrinho e só precisava que a
professora o deixasse sair uns minutos como ele coloca, para comprar um jornal
de empregos e também auxiliar a tia.
Sabemos
que o relato permite diversas interpretações, mas não é minha intenção aqui e
sim dividir minhas inquietações de forma simplista, afinal estou me dirigindo
ao público geral! Um menino de 8 anos precisa se preocupar com quem trabalha ou
não? O que a carga dessas preocupações podem lhe causar ou mesmo atrapalhar em
seu desenvolvimento, contribuindo com a produção de preocupações e ansiedade?
E então como o Psicólogo
pode cooperar para afastar as crianças de seus medos, sofrimentos,
agressividade, dificuldades de aprendizagem, ou seja, lá qual for a questão?
Simples... o profissional vai entrar no mundo da criança, falando através da
linguagem infantil as brincadeiras, o lúdico, da sua imaginação! Lembrando que
as crianças estão em desenvolvimento, não dispõem de todos os recursos que os
adultos detêm, e por conta disso; longos e cansativos sermões não surtem
resultado! Além dela não compreender a metade do que foi dito. De contra partida
quando elas vivem uma situação, essa experiência as marca de forma diferenciada
na memória e nas sensações, atribuindo sentimentos e significados. Assim uma
criança que não respeita regras e pessoas poderá se não tratado ter lacunas em
sua formação, atrapalhando em sua socialização (a forma como lida com as
pessoas e com o mundo).
Mas calma, calma, calma!
Para um bom resultado é
preciso que um Psicólogo atenda a família e a criança, compreenda seu
funcionamento e identifique onde precisa atuar, ressaltando as potencialidades
da criança e selecionando atividades que possam desenvolver o que lhe falta,
então não é qualquer um brincando de qualquer coisa com a criança, é um
trabalho subjetivo, personalizado até!
Agora de possa de todas
essas informações, não demore! Se você é responsável por algum pequeno pode ajuda-lo
muito mais do que imagina! E o apoio profissional pode se tratar de uma
necessidade momentânea e negligencia-la fará todo diferença no futuro dessa
garotada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário