Atualmente
tem sido grande a busca de pessoas para superarem a dor provocada pelo término
de um relacionamento ou mesmo referente às brigas com o parceiro. As pessoas chegam
contaminadas com um misto de frustrações, raiva, mágoa, tristeza, desânimo,
desespero e desejos de vingança. Será que amar dói?
Parece
que algumas pessoas andam confundindo o significado do AMOR, construindo
relações de Dependência, não apenas me referindo aos parceiros sexuais, mas
mesmo entre familiares, onde qualquer momento de convício pode produzir
relações simbióticas (indiferenciação entre dois indivíduos), prejudicando o
cotidiano e o desenvolvimento de ambos envolvidos.
Segundo
os dicionários contamos com dezenas de definições para a palavra amor, ressalto
aqui o “desejo ou ação de fazer o bem a alguém”. Curiosamente acompanhamos aqueles
que se preocupam em cuidar e fazer para o outro, não fazem nem 10% a si. Será
que aquele que oferece ao outro e não pra si, tem realmente algo a dar ou busca
uma forma de preencher sua vida, para que não precise entrar em contato com
seus sentimentos? Suas frustrações, seus fracasso! Pode-se cogitar a
possibilidade de uma Dependência Emocional, nos referindo população que
acredita precisar de um terceiro para tomar decisões, para serem felizes,
esperam aprovação ou atribuem ao outro a possibilidade de alegria na vida. Questionando
a definição da palavra Dependência encontrou-se; substantivo feminino que se
refere à qualidade daquele que depende de alguém; estado de passividade
resultante do consumo contínuo e repetido de drogas; domínio, possessão, dentre
outros.
Amar
pode contribuir para que qualquer pessoa viva momentos prazerosos, divertidos,
mas o oposto, diante de uma desilusão amorosa o ser humano pode entrar em
contato com os piores sentimentos, entrando em desespero. Alguns autores
comparam a dor de amar com o corte da carne com uma afiada lâmina!
Segundo
a psicanálise amar dói por revelar a ALTERIDADE – reconhecer e respeitar (ou
ter quê) as diferenças do outro, quebrando as fantasias de onipotência. Quem controla
o que sente? Quem escolhe quando amar ou esquecer alguém?
Não
há receita mágica para superar essa dor, mas pela experiência clínica
compartilho aqui algumas ações que costumam ajudar muito!
* Reconhecer seu
valor – qualquer pessoa apresenta características positivas e negativas.
Descubra as suas.
* Fazer o que te dá
prazer – no início é óbvio que pode não sentir vontade de sair de casa, mas é
lutando contra isso que vai aprender novos caminhos!
* Se precisar chore –
não tenha vergonha de colocar pra fora tudo o que lhe incomoda e machuca, toda
dor precisa sair para dar espaço a outros sentimentos.
* Distrações
temporárias – atividades que possam lhe proporcionar relaxamento, prazer,
descontração e principalmente contato humano.
* Amigos e Familiares
– não precisa ser apenas para desabafas, mas para estarem juntos, trocando
energias, afetos, alimentando sua alma.
* Cabeça no Lugar – o
que ainda deseja fazer (curso, viagem, artesanato) o momento é agora.
* Aprende a lidar com
a dor – sei que não acredita agora, mas vai passar, enquanto não passa precisa
aprender a lidar com essa dor, tente vivenciar as dicas anteriores e verá que
vai sarando, a dor diminuindo e você caminhando. Passado o primeiro impacto
você aprende administrar!
Nenhuma relação tem
prazo de validade! Qualquer situação está submetida ao começo, meio e fim!
Referências:
Beattie, Melody. Codependência nunca mais – pare de controlar os outros e cuide de você mesmo, 16ª edição, Rio de Janeio: BestSeller, 2013.
Bowlby, J. Formação e rompimento de laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Nasio, J.D. A dor de amar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007
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