sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ALGUÉM TE ENSINOU A SER PAI/MÃE?


A maioria dos leitores certamente responderá que não, é comum ao se construir uma família observar que as pessoas repetem comportamentos de seus pais e avós, raros casos são relatados em que seus cuidadores lhe ensinaram como conduzir a criação de seus filhos. Ninguém costuma explicar como controlar as finanças, introduzir limites, organizar as tarefas domésticas, ser bom pai/mãe, etc. No passado contava-se com um modelo familiar autoritário; os pais controlavam cada comportamento da criança baseados em suas regras de conduta, esperavam obediência absoluta, utilizando punições diversas, esquecendo-se que a autoestima dessa criança não era trabalhada, resultando adultos honestos e inseguros. Atualmente pode-se acompanhar a tentativa de um relacionamento mais aberto, pais mais jovens, mais permissivos – são mais receptivos e tolerantes diante dos desejos das crianças, mas de contra partida estão tendo dificuldade em estabelecer disciplina e respeito. Desse  último modelo de pais resultam filhos com constantes reclamações no âmbito educacional, agressividade com os colegas e muitas vezes com os pais, professores, desordens de conduta e alguns isolamentos. Sem saber para que direção ir, pais proíbem brincadeiras na rua, venderam o vídeo-game, trancaram o computador e nada mudou... 

 
O autoconhecimento e autocontrole podem contribuir para que os pais solucionem essa questão preocupante, pois diversas pesquisas revelam que as crianças aprendem mais por imitação do que pelas horas de sermões. Você se conhece bem? Que tipo de pai/mãe você é? Que modelo tem oferecido ao seu filho? Sabemos que não há receita ideal, todavia pesquisas da Psicologia oferecem bases de treinamento para pais, refletindo formas educativas positivas, ambiente de aprendizagem controlado com tranqüilidade, investindo na confiança e autoestima dos filhos. O que Baumrind (1966) chama de estilo parental autoritativo; assumindo as responsabilidades do papel de pais, oferecendo atenção, incentivo, diálogo, monitoramento, orientando o cumprimento de regras e limites claros. E se necessário com o apoio de um profissional.

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